Trump envia delegado ao Brasil e Eduardo Bolsonaro pode se beneficiar com apoio internacional
O clima entre o Brasil e os Estados Unidos ganhou uma nova dose de tensão com a chegada de David Gamble, chefe interino da coordenação de sanções internacionais do Departamento de Estado americano. A visita acontece nesta segunda-feira (5 de maio) e marca a primeira missão oficial de um representante do governo Trump ao Brasil desde sua posse em janeiro de 2025 e possível articulação política de Eduardo Bolsonaro.
Além dos objetivos técnicos da visita, cresce a expectativa em torno de possíveis encontros com figuras da oposição brasileira, como Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro, o que levanta questionamentos sobre intenções políticas por trás dessa movimentação diplomática.
Por que o governo Trump escolheu este momento para vir ao Brasil?
Segundo comunicado da Embaixada dos EUA, a delegação liderada por Gamble está no Brasil para participar de reuniões bilaterais focadas em sanções contra o crime organizado, o terrorismo e o tráfico de drogas. No entanto, o timing político não passou despercebido: a visita ocorre em um momento de fragilidade nas relações entre os governos de Trump e Lula, alimentando especulações sobre um eventual apoio norte-americano a lideranças da oposição.
Trump, Eduardo Bolsonaro e os bastidores da visita
Embora não confirmado oficialmente, há fortes indícios de que a comitiva americana possa se reunir com figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos principais articuladores da direita brasileira e com estreitas ligações com aliados de Trump nos Estados Unidos.
Essa possibilidade reacende o debate sobre uma aliança ideológica entre Donald Trump e a família Bolsonaro, o que poderia representar uma nova fase nas estratégias políticas da oposição ao governo Lula.
Moraes pode ser alvo de sanções internacionais?
Um dos temas mais polêmicos levantados nos bastidores da política nacional é a possível inclusão do ministro Alexandre de Moraes em listas de sanções internacionais. Embora não exista nenhuma confirmação oficial nesse sentido, a chegada do chefe de sanções dos EUA alimenta rumores entre bolsonaristas de que Trump poderia endossar uma ação mais dura contra o que chamam de abusos do STF.
No entanto, é importante destacar que sanções desse tipo geralmente seguem critérios rígidos e envolvem violações documentadas de direitos humanos ou corrupção, o que torna improvável uma ação imediata contra autoridades brasileiras sem um embasamento formal.
Relações entre Trump e o governo Lula: cada vez mais distantes
A presença da comitiva americana no Brasil, mesmo sob o pretexto de reuniões técnicas, evidencia o distanciamento diplomático entre Trump e Lula. Desde que voltou ao poder, o republicano vem adotando uma postura mais rígida em relação à América Latina, focando em segurança, controle de fronteiras e combate ao tráfico internacional.
Ao mesmo tempo, figuras como Eduardo Bolsonaro têm se aproximado ainda mais da direita americana, participando de fóruns e eventos nos Estados Unidos que reúnem políticos conservadores influentes. Essa aproximação pode ser um indicativo de que a oposição brasileira busca respaldo internacional para fortalecer sua base.
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