Novo oficializa Marcel van Hattem como pré-candidato à presidência da Câmara
Novo Lança Marcel van Hattem como Candidato à Presidência da Câmara dos Deputados
O Partido Novo oficializou nesta segunda-feira (27) a candidatura de Marcel van Hattem (Novo-RS) à presidência da Câmara dos Deputados. A escolha é parte da estratégia do partido de apresentar uma alternativa para a oposição, diante da presença dominante de candidaturas associadas a grupos como o Centrão e o PSOL. Juntamente com van Hattem, o Novo também anunciou Eduardo Girão (Novo-CE) como seu candidato à presidência do Senado.
Candidaturas e Conflitos no Cenário Atual
As eleições para as presidências da Câmara e do Senado acontecem no próximo sábado (1º), e o cenário está marcado por um forte embate de alianças. Na Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) é considerado o favorito, com um apoio robusto que engloba 495 dos 513 deputados. Sua candidatura é sustentada por uma ampla coalizão, incluindo partidos como PL e PT, além do apoio de figuras como Arthur Lira (PP-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI).
Antes do anúncio de van Hattem, o único concorrente de Motta era o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ). Em relação a Motta, o deputado do Novo expressou suas preocupações, destacando a falta de clareza sobre as propostas de oposição que poderiam ser efetivamente implementadas caso ele fosse eleito. “Quando alguém tem o apoio do PT, automaticamente fico em alerta”, afirmou van Hattem.
A Postura da Candidatura de Van Hattem
De acordo com o Novo, a candidatura de Marcel van Hattem se compromete com as pautas da oposição na Câmara. Entre as principais propostas defendidas pelo partido estão o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e temas como o combate ao abuso de autoridade, reformas estruturais e questões econômicas.
O Novo reforçou que sua intenção é oferecer uma opção genuína de oposição em um momento de polarização política.
Cenário no Senado: Eduardo Girão e Davi Alcolumbre
No Senado, a disputa também está acirrada. O Novo aposta na candidatura de Eduardo Girão, mas o cenário favorece Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que busca consolidar um apoio amplo, contando com a adesão de 10 bancadas partidárias. Alcolumbre é visto como o provável vencedor, dada a sua estratégia de formar uma base de apoio sólida para garantir sua eleição.
No entanto, o voto secreto pode gerar dissidências e abrir espaço para outras candidaturas. Uma delas é a de Marcos Pontes (PL-SP), que ameaça dividir o apoio dentro de seu próprio partido. O PL, que possui a segunda maior bancada do Senado, também tem pressionado pela abertura de processos de impeachment contra ministros do STF.
Com essas movimentações, as eleições para os cargos de presidência da Câmara e do Senado seguem em uma fase decisiva, com o Novo buscando se posicionar como uma alternativa para os eleitores de oposição.